sexta-feira, 29 de maio de 2009

Primeiro post, vou começar explicando o conceito de kalos kai agathos à minha maneira, mais algumas ideis, antes mesmo de iniciar a minha apresentação detalhada e coisas importantes. Ok, kalos kai agathos significa o equilíbrio entre o bom e o belo. Ou seja, a línha tênue quase imperceptível entre a preocupação exagerada com a beleza, valores efêmeros, bens materiais etc. e os valores internos como a espiritualidade, a autenticidade e o pensamento próprio.

Algo que está me deixando preocupada ultimamente, é o extremismo de algumas pessoas. A cegueira diante situações nas quais qualquer pessoa serena conseguiria enxergar melhor...


Tentar provar que se é diferente por dentro se mostrando diferente por fora é somente mais uma forma de apoiar o preconceito e dar vazão à crítica e ao julgamento alheio, como se isso fosse discutível.Século 21, tecnologias absurdas, excessso de ideias e informações distorcidas pela mídia e seus padrões - de beleza, de comportamento, de comunicação, enfim, de pensamento - mentes fortes..."Mentes fortes?", pergunta-se aquele que sonha com a volta do tempo do socialismo e também das lutas contra a repressão da ditadura. Aquele que diz ser a melhor época de todas, a mais significativa, aquela época na qual as pessoas saiam de suas casas com os rostos pintados lutando contra todos os absurdos e delírios das mentes, igualmente fortes, da época. Saudosismo não é a resposta. Vestir-se com trapos, não assistir televisão, não dar bola para a internet, não comer nada industrializado, ir contra qualquer argumento conservador e ser completamente radical em suas decisões, prioridades e modo de vida não é a resposta. Isso não passa de mais um delírio, de mentes, igualmente fortes, influenciadas por imagens, notícias, comentários e consequências de um tempo que jamais poderá ser explicado por nada, nem ninguém. Somente que viveu alguma coisa pode ser radical em seu julgamento, ainda assim, correndo sérios riscos de se equivocar e se sentir repreendido. Não se pode negar suas origens. Cada povo é diferente, cada geração é diferente. Estamos vivendo em uma era diferente de qualquer outra, assim como qualquer outra era, foi diferente de qualquer outra. Singulariedade, sabe? É completamente possível ser adepto de pensamentos igualitários e contra ditadura etc., pintando as unhas de vermelho, sendo loira, usando roupas da moda, comendo em fast foods se for do seu agrado. Mas essas pessoas desses pensamentos, ao ver alguém passeando em um shopping já rotula o mesmo como capitalista fútil mimadinho...Então, isso não é preconceito? Pense nisso. A política "8 ou 80" adaptada, em uma versão criada pelos próprios filhinhos de papai que nunca estudaram em um colégio público sequer, prega o desapego material quase que total, a crítica aos meios de comunicação e a urbanização, entre outras coisas. UM POUCO CONTRADITÓRIO? Eu diria que totalmente. Os valores são excelentes, a música é excelente, as pessoas estão sempre felizes, o estímulo ao pensamento, a apologia à maconha, hum, essa depende de pontos de vista. Mas, ao meu, também é uma coisa boa se usada com responsabilidade.Nossas mentes são tão fortes quanto as mentes do fim da ditadura, tão fortes quanto as mentes de qualquer pessoa que já viveu nesse mundo. Todos temos a mesma capacidade de pensar; ninguém pode ser rotulado como uma má pessoa, ou como uma boa pessoa...Isso aqui é a vida real! Não uma novela da globo (que diga-se de passagem é um dos mais fortes meios de lavagem cerebral do Brasil, mas isso deixa para outro post), quando será que os jovens irão se dar conta que o fato de uma pessoa se vestir bem, não faz dela uma pessoa menos preocupada com os valores internos, e que o de uma pessoa se vestir de um modo desencanado e não se preocupar - ou pelo menos fingir - com o que os outros pensam, não faz dela uma pessoa melhor? Sim, os valores estão invertidos! Esse é mais um dos lemas usados por esses pseudo-roots. Pela simples interpretação, relacionada com o pensamento dessas pessoas na sociedade de hoje, pessoas boas, são aquelas que se preocupam apenas com o interior, que se vestem de maneira desleixada e escutam músicas calminhas, sempre puxando um. Pessoas más, são aquelas que sonham em um dia usar um Valentino, ter uma casa linda e estar sempre impecável. O que não se entende atualmente, é que não existem pessoas boas; nem pessoas más. Existe o equilíbrio...Sim, agora você aí roda a baiana e larga um: "Eu sei disso, eu nunca duvidei disso!! Sua patricinha doida metida a revolucionária!!"...Hum, eu acho que não sabe. A maioria das pessoas ACHA que sabe...Se todo mundo soubesse disso, seria fácil relacionar isso à sociedade, e ao pensamento do chamado inconsciente popular. As pessoas não iriam se deslumbrar com pensamentos de igualdade, fraternidade e liberdade - que é coisa de romanticos renascentistas defendiam, porém, era assim? - mas sim, pensar, que no mundo atual, capitalista e com muitas vantagens, não é possível esquecer de algumas coisas que já fazem parte da vida de qualquer um. Não tenha um pensamento radical, pois isso também é uma forma de pensamento induzido e generalizado. Seja a favor da autenticidade do ser humano da singulariedade e equilíbrio, ENTRE A BELEZA, COISAS MATERIAIS, DINHEIRO E ETC. E O ESPÍRITO, A ESSÊNCIA E O INTERIOR. O foco em apenas um, é o modo de vida da maioria dos cidadãos, e ele é induzido...Há outros meios em que uma pessoa pode ser influenciada, não só os de comunicação. Se fosse assim, as pessoas da antiguidade eram influenciadas como??? REFLEXÃO, é a resposta.

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